segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Nirvana" de Áurea Justo


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Estão contemplados neste livro, os sonhos, os anseios e as esperanças de toda a Humanidade. Cuidar do planeta. Terra em espírito de missão, eis a meta. Os segredos do Universo, desde as origens, numa perspectiva de união entre os povos, trazem ao romance uma outra dimensão: o universo cósmico.


[…] tratando-se de uma obra indissociável das duas anteriores que, com esta, constituem o conjunto da trilogia, o meu entusiasmo e eu, caminhámos os nossos olhos e a nossa curiosidade crónica, pelas páginas d’ As estrelas de Saturno passando depois aos Anéis de Fogo, de Áurea Justo. E assim rasgámos caminho inicial. Numa abordagem de conjunto, não será arriscado dizer que, em relação às outras duas, a presente obra é um romance de maturidade literária, porquanto nela encontramos uma ligação à literatura universal, que consideramos pertinente e enriquecedora, reconhecido que se torna o seu valor documental. Neste sentido, olhemos de perto o que nos dizem grandes nomes da palavra (citados na obra): Eugénio de Andrade, Fernando Pessoa, Antero de Quental, Miguel Torga, Paulo Coelho, Camões, Mia Couto, Ovídio, Óscar Wilde e Theilhard de Chardin.

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O espírito de missão que encarnam os protagonistas, numa incessante busca, não fica a salvo do vento, o símbolo da instabilidade que acompanha a obscuridade dos espíritos agitados (e cito).
Assim se cumpre a intencionalidade comunicativa da narradora, na pele do Zóia, quase diríamos também ela almocreve do seu próprio destino, do destino do seu povo. Numa palavra: emissários, todos somos emissários.


do prefácio de Maria Aida Araújo Duarte

EM PARCERIA COM O SOLAR DE POETAS