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Este livro de “Contos da Beira-Rio” vale pelo conjunto dos oito contos e vale por cada conto. Está justo e perfeito.
O enfoque no último conto assenta na magnitude abrangida na viagem. Para além da descrição da vivência (navegador / “capitão Piruças” / céu e os seus astros / rio Tejo e suas margens) a bordo de uma pequena embarcação do tipo “Kayak”, é-nos transmitida, de várias formas, a importância de considerarmos o Tejo não apenas como o meu Tejo mas aquilatarmos do seu significado de grandioso e modesto, que não se extingue em Lisboa, na sua foz. RF salienta pormenores convergentes na obrigação de aumentar ou de fazer surgir em nós a verdade do Tejo: um rio que é uma estrada da nossa história. Um rio universal e único!
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E, através desse modo de contar, RF abre-nos outros horizontes, outras perspectivas, outros mundos presentes neste Mundo sem tempo. Por isto afigura-se-me mais perfeita a utilização do verbo recordar. RF faz-nos recordar ensinamentos do Conhecimento, alheado do tempo.
A presença constante do rio leva-nos à admiração da água – a fertilidade da terra, as águas primordiais… o líquido amniótico.
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Quando chegamos à leitura das últimas linhas deste livro, recebemos do autor, através de quatro versos, o ânimo para o imitarmos na veneração ao Tejo: Um rio / Uma paixão / Um Amor… / Constante e Eterno.