segunda-feira, 12 de agosto de 2013

"Glossário de Konkani – Português e Português – Konkani" de Francisco Xavier Valeriano de Sá





Concani é a língua dos habitantes do Concão, na Índia, e deriva o seu nome dela. Esta região se estende por quatro estados federais da União Indiana, a saber, Maharashtra, Goa, Karnataka e Kerala, contiguamente ao longo da sua costa ocidental.
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O concani é hoje a língua oficial de Goa, um dos estados federais da União Indiana, e tem afinidades íntimas com a língua oficial do país, hindi, bem como laços fraternais e vizinhos com marata, gujerati e bengala, proveniente das relações sibilinas na origem comum do Indo-Aryano Pracrito-Sânscrito. Seria fastidioso procurar investigar os caracteres utilizados no início para escrever essa língua. Porém, sabe-se que no passado foi representada graficamente por caracteres Kandvi aproximados do canarês, o que levou os primeiros portugue-ses a apelidarem a lín-gua concani de canarim, e, em Goa, com a dominação por-tuguesa adoptaram-se caracteres romanos também.
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O concani foi reconhecido como uma das línguas literárias independentes da União Indiana, em Fevereiro de 1975, pela prestigiosa Sahitya Akademi, a Academia Nacional das Letras, de Nova Delhi, uma organi-zação nacional autó-noma do governo central. Aos 4 de Fevereiro de 1987, a Assembleia Legislativa de Goa, Damão e Diu, adoptou o concani como língua oficial de Goa.
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in Prefácio de Olivinho Gomes


Francisco Xavier Valeriano de Sá nasceu em Diu quando os pais se encontravam lá em serviço, mas foi a Ilha de Jua (Santo Estêvão), Goa, a terra dos seus antepassados, que o viu crescer e está enraízada no seu coração.
Filho de Valentim Azarias de Sá, que foi Director do Hospital de Diu e Inspector Sanitário em Colém, para além de Delegado de Saúde, e de Catarina Eugénia Amaltêa Machado.
Fez os estudos primários em Colém, os secundários nos Instituto Abade Faria, em Margão, e Instituto Matmó, em Pangim, tendo completado o Curso Complementar de Ciências em 1950 no Liceu Nacional Afonso de Albuquerque, em Pangim.
Passando pelas Escolas de Farmácia e Médico–Cirúrgica de Goa, mas com os respectivos cursos de Farmácia e Medicina incompletos, acabou por se licenciar em Finanças pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, em 1976.
Em 1954 entrou para o Banco Nacional Ultramarino em Goa, prestando a sua colaboração na Agência de Margão (Goa), na Filial de Pangim (Goa), na Filial de Bissau (Guiné) e na Sede em Lisboa, a partir de 1965, na Inpecção Superior do Ultramar, no Departamento do Pessoal e no Departamento de Análises Económico-Financeiras de Empresas, tendo-se reformado em 1992.
Foi Presidente do Conselho Fiscal da Casa de Goa, em Lisboa, no triénio 1995/8 e consultor de empresas. Presentemente dedica-se à investigação histórica principalmente de Goa, à música goesa e portuguesa, à fotografia e à pintura.
Foi colaborador do Almanaque Bertrand e da Revista de Casa de Goa.
Fez parte do Coro ALEGRO CANTABILE e dos BANARINOS – Grupo instrumental e de Cantares Populares Portugueses. Faz parte do EKVAT – Grupo de pesquisa e divulgação do folclore de raiz indo-portuguesa, da Casa de Goa, e do GAMAT – Grupo juvenil da Casa de Goa, de música de cariz goês. No âmbito da fotografia, recebeu vários prémios em concursos para amadores e fez cinco exposições individuais em Lisboa: duas na Sociedade de Geografia de Lisboa em 1994/95; duas no Hospital Egas Moniz em 1995/96 e uma no Hotel Ritz em 1996.