terça-feira, 7 de maio de 2019

"Amora Meus Aromas" de Joel Lira



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A caracterização da Amora é feita enquanto o poeta veste a pele de transeunte pelas ruas, anotando em movimento, o que vê, ouve, cheira e sente. O facto de deambular, de se deslocar no espaço, permite-lhe uma perceção dinâmica e um conhecimento mais completo da realidade urbana e semi urbana, alguma já desaparecida e parte de um passado que lhe é profundamente nostálgico, na medida em que passa por vários lugares e encontra diferentes personagens.

Ao longo dos seus vários poemas notamos o seu olhar, à semelhança de uma câmara de filmar, que vai captando imagens, como instantâneos cuja rápida sucessão é por vezes sugerida através do recurso ao assíndeto (recurso expressivo que consiste na omissão da conjunção coordenativa entre os constituintes, que se separam apenas por vírgulas). Assim, a visão desempenha um papel fundamental nestes poemas.
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Do prefácio de Elisabete Correia Ferreira


Livros da autora 
publicados pela editora Modocromia